—Fique nu e vá para a cama.
Anna sentiu como se uma faca fosse cravada em seu peito, a dor tão aguda que lhe tirou o fôlego. Ele cerrou os punhos, mordendo a parte interna da bochecha até que um gosto metálico encheu sua boca.
“Não esqueça que essa humilhação é pela vida do Lucas”
A humilhação foi tão intensa que lágrimas começaram a brotar de seus olhos, mas ela se recusou a deixá-las cair. Ela estava paralisada, como se o mundo tivesse parado ao seu redor, incapaz de decidir o que fazer.
Mikhail girou em sua cadeira de rodas, observando o conflito no rosto dela. Vê-la tão perdida e afetada o fez sentir uma estranha satisfação, mas ao mesmo tempo, uma sombra de dúvida passou por sua cabeça. Eu estava sendo muito cruel?
Não entendendo bem o impulso, ele rolou um pouco em direção a ela, quase sentindo a necessidade de se desculpar, de suavizar o golpe que lhe desferira. Mas nesse momento o telefone vibrou em seu bolso, quebrando o feitiço.
"O que diabos estou fazendo?" ele se repre