—Eu te explico quando você chegar. Não se preocupe, basta vir ao hospital.” Sergei tentou manter o tom calmo, embora por dentro estivesse igualmente afetado.
Anna ficou em silêncio por um segundo, mas finalmente concordou.
—Tudo bem... vamos.
Ele desligou o telefone e Sergei virou-se para Mikhail, que olhava para ele com os olhos vermelhos de raiva e medo.
— Vamos, Mikhail. Lucas precisa de nós.
Minutos depois, eles chegaram ao hospital.
Mikhail se apressou, quase tropeçando a cada passo, o coração batendo forte de angústia.
Os corredores brancos da sala de emergência pareciam um túnel sem fim, e tudo ao seu redor desaparecia. Ele só conseguia pensar no filho, só conseguia pensar em salvá-lo.
Ao chegar ao pronto-socorro, a primeira coisa que viu foi María.
Ela estava em uma maca, com o rosto encharcado de lágrimas e as mãos trêmulas cobertas de sangue. A dor e o pânico em seus olhos eram evidentes.
Ela o viu e, estendendo a mão para ele, entre soluços, implorou:
—Mikhail… por favo