Enquanto se despia, Mikhail deixou cair a camisa no chão, com o olhar fixo no espelho do vestiário. Seu reflexo lhe deu uma imagem que ele odiava: o homem que antes era poderoso e forte agora estava quebrado, incompleto. A cicatriz em suas costas parecia brilhar sob a luz fluorescente, lembrando-o de que, por mais que tentasse, não conseguiria andar tão perfeitamente como antes.
Ele ouviu passos atrás dele e ficou tenso. Anna entrou no vestiário masculino sem dizer uma palavra, com uma expressão séria.
Ele não conseguia evitar: a mera presença dela o agitava, fazia com que ele se sentisse vivo e magoado ao mesmo tempo.
"Anna, quero que você volte para casa", ele perguntou com um tom que tentava ser firme, mas seu olhar o traiu.
Anna olhou para ele, franzindo a testa, surpresa com seu pedido repentino. Sem dizer uma palavra, pegou o celular e, sem tirar os olhos de Mikhail, começou a discar um número.
-O que você está fazendo?
“Vou chamar os seguranças”, ela respondeu friamente. Pre