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Os trinta dias se transformaram em sessenta. Jéssica experimentou novas sensações e prazeres ao lado de Marcelo. Ele realmente era um excelente companheiro de viagem.Passearam por bons lugares, comeram comidas deliciosas, fizeram sexo intenso. Tudo perfeito, mas chegou o momento de voltar à vida real, e um conflito de expectativas estava prestes a surgir.— Então... — Ele entrelaçou as mãos delas sobre a mesa. — Agora que vamos voltar para casa, quando vou conhecer seus filhos? — Marcelo olhava curioso, verificando a reação dela com ansiedade.Ele entregou boa parte de si nesse tempo. Estava realmente apaixonado e queria continuar vivendo essa paixão em casa.— Calma, Marcelo. Não vamos ser precipitados. — Jéssica soltou as mãos e adotou uma postura defensiva.— Precipitados? — Marcelo ficou um pouco frustrado com a reação dela. — Você não está feliz com o nosso relacionamento? — O rosto ficou levemente vermelho, a vergonha o percorrendo timidamente.— Eu estou muito feliz com o que v
Marcelo andava pelos corredores, procurando algo. Não conseguia parar de pensar no que viu no aeroporto. Jéssica continuava respondendo suas mensagens normalmente, mas ele sentia que precisava de mais explicações antes de decidir o que fazer.— Te encontrei finalmente. — Ele não disfarçou a euforia e saiu puxando-a pelo braço, sem se preocupar com a discrição.Ela ficou muito desconcertada e não guardou para si.— Marcelo, o que está acontecendo? Tente ser mais discreto. — Trouxe o braço para si.— Desculpa. Estava ansioso para falar com você. Espera. Estamos nos escondendo? — Ele ficou irritado com o receio dela.— Não sei como são as regras do hospital em relação a relacionamentos dessa natureza. É normal eu ter receio. — Jéssica soou mais complacente agora. Não queria ser grosseira.— Não há regras específicas sobre relacionamentos entre pessoas de áreas distintas. Você tem vergonha de mim? — Marcelo continuava desconfiado.— Claro que não. — Jéssica o beijou para dissipar a dúvida.
Alexandre entrou na sala de Hugo bem cedo. Precisava resolver assuntos da nova unidade. Viu o amigo com a expressão vazia, olhando pela janela.Hugo estava cabisbaixo já há um bom tempo. Alexandre achou melhor entender o que estava acontecendo antes de mergulhar no trabalho.— Cara, tá tudo bem? — Ele se sentou e esperou pacientemente pela parte hesitante.— Sim. Está tudo bem. — Hugo tinha uma guerra interna pronta para explodir.— Fala, cara. O que há? — Alexandre deu uma respirada funda.— Cansaço. — Hugo tinha o poder de fingir que nada o abalava.— Alguma coisa com a Nicole? ... Não... Jéssica. Só pode ser isso.Hugo se remexeu na cadeira. Talvez não fosse ruim falar um pouco sobre o que o estava incomodando.— Acho que ela arrumou uma pessoa nessa viagem. — Ele
Jéssica estava estudando no consultório. Aproveitou que as coisas estavam incrivelmente tranquilas no hospital e conseguiu colocar todos os assuntos relacionados aos pacientes em ordem, além de adiantar alguns trabalhos. Fazia leitura de um material quando Jonathan e Mariana entraram.— Hoje está estranhamente calmo. Consegui entregar dois trabalhos. — Jonathan falou enquanto se sentava.— Eu não tive essa sorte. O PS infantil está lotado. Nunca vi tanta virose na minha vida. — Mariana girava o pescoço massageando a coluna.— Aqui foi calmo também. Consegui entregar algumas coisas e estava estudando. O que traz vocês aqui, aliás? — Jéssica estranhou, pois normalmente eles se encontravam no pequeno jardim que havia no prédio.— Queremos saber o que você anda escondendo. — Mariana foi direto ao ponto.
Hugo foi para o encontro contrariado. O humor não estava dos melhores. Jéssica estava realmente se encontrando com outra pessoa. Ele queria sair gritando e derrubar o cara no soco. Como ele ousava tocar em Jéssica? Essa ideia ganhou força na mente dele e nocauteou seu juízo.— Boa noite, querido. — Nicole entrou no carro e tentou dar um beijo na boca. Ele a afastou.— O que aconteceu? — Ela estranhou o semblante emburrado e o jeito frio.— Estou com problemas no trabalho. Não posso ficar muito tempo hoje. — Hugo respondeu, um tanto desinteressado.— Tudo bem. Vamos ao restaurante de Indaiatuba. Hoje está mais tranquilo. — Nicole sabia que ele gostava mais desse e imaginou que assim melhoraria o humor dele.Ela começou a contar tudo sobre a conversa com a gestora de carreira e como conseguiu uma entrevista muito rápida para uma vaga que pagaria muito mais do que no grupo. Hugo parecia aéreo, ouvindo a voz dela ao longe, sem se fixar na mulher ao seu lado. Seu pensamento estava inteirame
Nicole ficou vermelha, sentindo a implicação direta. Estava pensando na melhor maneira de contra-atacar quando Marcelo interveio novamente.— Que tipo de problema? — Ele precisava entender a situação por inteiro.— Eles se revoltaram contra mim. Tivemos problemas de convivência. Uma coisa que poderia ser evitada se tivéssemos poupado-os de certas coisas — Hugo falou, tentando minimizar o ocorrido para não aumentar a tensão entre Nicole e Jéssica.Não era conveniente deixar Nicole tão desprotegida assim. O relacionamento deles era decente.Marcelo dançava o olhar entre todas as pessoas da mesa, analisando comportamentos. Queria entender como se encaixava naquela conversa.— Hugo toma as decisões do ecossistema? — perguntou, observando.— Somos parceiros, decidimos em conjunto, respeitando a vontade do outro sem anular a nossa. Sobre novos parceiros, nossos filhos não estão preparados para essa conversa. São pequenos e frágeis. Jéssica concorda — Hugo tentou parecer imparcial.— É compli
Hugo dirigia com animação, recuperando o bom humor imediatamente ao perceber o quão bem-sucedido seu plano se saíra. Segurava as mãos de Jéssica, distribuindo vários beijos enquanto dirigia. Seu lugar estava mais do que marcado ao lado dela.— Você está estranhamente empolgado para quem tem um filho com febre. — Ela desconfiou do comportamento sorridente dele.— Impressão sua. — Ele negou sem nenhuma preocupação aparente.— O que será que deu em Breno? Será essa bendita virose? — Ela ainda estava preocupada, como uma boa mãe.— Ele está bem. Acho que não deve ser nada demais. Talvez já esteja até dormindo. — Hugo tentou tranquilizá-la. Planejou, então, abordar um assunto de maior interesse.— Tomara. — Jéssica se permitiu relaxar, acompanhando a leveza de Hugo.— Então, esse Marcelo... — Ele começou, tateando o terreno.— O que tem ele? — Jéssica ficou um pouco tensa no banco. Ainda sentia muita culpa perto de Hugo.— Não gostei muito. Acho que você deve tomar cuidado. — Ele usou o tom
Hugo tentava entender o que a deixou tão nervosa. Segurava Jéssica, incapaz de permitir que ela se afastasse.— O que foi? Por que ficou brava? — perguntou, após uma tentativa fracassada de um novo beijo.— O que foi? Você tá brincando comigo? Que merda está fazendo? — Jéssica estava furiosa. Lutava para sair do aperto dele, mas parecia que Hugo tinha braços de polvo, segurando-a toda vez que ela se soltava.— Jéssica, para com isso. Fala comigo! — Ele persistia na necessidade de tê-la por perto, sob seu controle.— Hugo, você está fazendo isso porque acha que eu vou abandonar as crianças? — Ela parou de resistir e fixou o olhar naqueles olhos cor de amêndoa, buscando extrair a verdade.Ele afrouxou o aperto por um instante. Não podia acreditar que ela estava levando as coisas por esse lado. Tudo o que mais queria a muito tempo era tê-la assim sem seus braços, sendo sua. Não podia deixar Jéssica entender tudo errado. — Claro que não! Eu... eu... — Hugo buscava as palavras para se expl