No dia seguinte, Hugo acordou com a cama vazia. O cheiro de Jéssica estava impregnado em seu travesseiro. A cabeça estava muito pesada e o corpo, lento. Seja o que for que ela lhe deu, deixou uma sensação muito ruim.
Olhou para a mesa de cabeceira e viu um bilhete:
Nada de ir para o escritório hoje. Descanse.
Um recado sucinto. Sem beijos, sem emoção. Ele respirou fundo e pegou o travesseiro para sentir o cheiro dela.
— Jéssica, como vou te fazer entender? — Ele questionou, falando para o travesseiro e para a cama vazia.
Pensava no quanto ela estaria brava naquele momento.
Deveria ligar para tentar se explicar novamente?
“E você vai dizer o que para ela? Vai conseguir falar sem travar, igual a um inútil?”
A voz em seu interior estava especialmente severa naquele dia.
Hugo se arrastou até o banheiro com dificu