- Você não sente medo em andar sozinha por aqui tarde da noite? - perguntei à Eloira. Caminhávamos por uma trilha com árvores que formavam uma espécie de corredor, tão altas que quase escondiam o céu acima de nós.
Eloira soltou uma risadinha.- Eu sou a criatura mais assustadora que passeia por aqui, Nell.- Só para eu saber, você não estaria me levando para sua casa feita de doces, não é?- Não, não, a minha é feita de pão de ló.Nós rimos. - A Gwendoline me parece bem feliz com a chegada da filha. - comentei com a intenção de puxar assunto. A verdade é que me sentia incomodada com o farfalhar das folhas e o craquelar de galhos secos no chão.- É, ela parece mesmo. - ela me respondeu, mas seu rosto demonstrava ter mais a dizer do que de fato dissera.- Está tudo bem? - perguntei. - Foi algo que eu disse?Eloira balançou a cabeça em negativo, parecia relutar em revelar o que a afligia.- Não é nada com você. - ela disse por fim, pausa