53. Abrindo caminhos, rotulando sentimentos
Nem se eu fosse agraciada com o conhecimento infinito de palavras seria capaz de expressar por meio destas com exatidão a forma como tudo ao meu redor ficava ao olhá-lo dentro dos olhos, pois ele ia além do que o mundo via, ele enxergava a minha alma. Era como se, toda vez que eu o visse, Eros me alvejasse com uma flecha certeira bem no coração, que em sequência era puxada e tirava de mim todo o ar e só o me devolvia com o toque dos seus lábios, como um sopro de vida. Estar diante dele era morrer e implorar por seu toque para me trazer à vida, uma vida que só possuía cor com sua presença.
Eu nunca estive apaixonada antes dele, o antes, depois dele, parecia distante, como a vida de um outro alguém que era enxergue pelo meu olhar. Fazia algum sentido essa linha de pensamento ou eu poderia fazer uso do ponto de que quando se ama se perde a razão?
Gerard se aproximou e o meu coração, sempre traiçoeiro, vacilou em uma ou duas batidas, para mostrar-lhe que seu efeito sobre mim prevalecia