37. De volta ao Rota 99
Os dias tornaram-se semanas e as rosas já não apareciam mais na minha janela pela manhã, o pequeno buquê que eu formara morreu e dessa vez deixei que as pétalas secassem, não as trouxe de volta à vida, mas ainda não tinha coragem de me livrar delas. A aliança, assim como o relicário, ficaram guardados dentro de uma gaveta no móvel ao lado da cama.
- Então é mesmo o fim, amiga? - me perguntara Thomas em uma de nossas ligações semanais.
- Sim. - eu me limitava a monossílabos quando se tratava dele, até proferir seu nome me doía. Por semanas passei noites à sua espera, sentada no sofá abaixo da janela, esperando pela sombra dele à sair dos arbustos do bosque, mas ele nunca mais regressara. Pelas manhãs eu olhava a janela vazia, com o desejo de encontrar uma rosa vermelha no parapeito que silenciosamente diria: "eu estive aqui, eu ainda estou aqui, eu vou esperar", mas isso nunca aconteceu. Se não fosse pela aliança e pelas rosas mortas, talvez sua lembrança não passasse de um mero d