34. O Terreno íngreme da Paixão
Acredito que eu nunca me acostumaria com sua beleza, com seu maxilar perfeito coberto por uma pequena camada de pêlos da barba que estava por fazer, com seus lábios levemente empalidecidos e carnudos, até mesmo com os cabelos que, diferente das vezes anteriores, hoje estava em uma desordem bonita.
Os olhos negros como a noite que se iniciava me caçavam pelo local e não tardaram para me encontrar, como se meu cheiro estivesse impregnado em suas narinas e me rastrear fosse simples.
Ele caminhou na minha direção como um predador, os olhos mais sombrios do que habitualmente, e ao chegar até mim depositou um beijo suave e gentil na minha testa. Instintivamente eu fechei os olhos com o toque gélido. Suas mãos seguraram as minhas e eu reabri os olhos, ele beijava minhas mãos, primeiro a esquerda e depois a direita, onde se demorou um pouco mais.
Entendendo sua dúvida, recolhi uma das mãos e a enfiei dentro do decote discreto da camisa, puxando o cordão de prata do relicário que Andr