Ponto de Vista de Matilde
Eu vejo meu reflexo nele, mas algo me deixa inquieta. Mãe?
Eu começo a falar, mas minhas palavras hesitam. Eu tinha certeza que vi outro nome naquele momento.
— Ah, eu pensei...
Ele percebe minha confusão e, com um tom suave, tenta me tranquilizar.
— Você pensou, o quê?
Ele dá um passo à frente, segurando meu queixo com cuidado entre os dedos antes de me beijar gentilmente nos lábios, sem desviar o olhar dos meus. Ele quer que eu entenda.
— Me desculpe se você pensou isso! — Sua cabeça se abaixa, como se estivesse irritado consigo mesmo por algo do passado.
— Eu não fiz o certo por você, Matilde, e preciso que você acredite que, de agora em diante, tudo o que eu fizer será no melhor interesse seu e das crianças.
Eu não consigo responder. As palavras se perdem na minha garganta enquanto meus olhos ficam presos nos dele, e naqueles lábios viciantes. Eu só quero que eles me beijem, sem parar, sem fim.
— Vamos, vamos voltar para a Matilha. Não posso usar isso por