ENRICO MACERATTA
— Conseguiremos, o bem sempre vence! — comuniquei tentando ignorá-la.
— Ele não quer falar comigo? — suspirei enciumado pela tamanha insistência da parte dela.
— Calma, filha! Ângelo… — tentei controlar meus ciúmes de pai e vendo que nem o meu nervosismo mudava a insistência dela, acabei cedendo— Lexie quer falar com você.
— Tudo bem!
As duas palavras vieram acompanhadas de um tom sereno. — Meu Deus! O que eu faço. — Meio exitante, lhe entreguei o telefone.
— Oi, Ângelo, você está bem? — sua face era indecifrável e me praguejei por não ter colocado no viva voz — Oi! Alô? Pai, será que ficou ruim? Ninguém diz nada! ALÔ! — ela alterou a voz impaciente e vi o Domenico da adolescência quando desejava muito algo e não conseguia.
Ia pegar o celular e desligar no instante em que ela sorriu.
— Oi! Está tudo bem? … Oiê! — mesmo distante, deu para ouvir a voz dele e quase enfartei quando ela disse sentir falta dele.
— Filha! Para com isso! — pedi em um fio de voz tent