Ana
As mãos de Marco estão em meus olhos, ele faz bastante suspense. Quero muito saber onde estamos. Primeiro me pediu para esperar no carro enquanto desceu, a ordem era para ficar de olhos fechados, mesmo bastante curiosa, eu lhe obedeço. Ouço o som de uma porta enorme se abrindo. Logo, Marco, retorna para me buscar e tampa meus olhos com suas mãos.
— Aiiii, Marco, você está me deixando ansiosa, onde estamos? — suplico enquanto andamos.
— Calminha, você já vai saber.
Seguimos mais alguns passos à frente e paramos. Ouço o barulho de uma espécie de lona sendo retirada. Meu coração está batendo forte, quase o ouço. Marco lentamente solta as mãos dos meus olhos.
— Pronto! Pode olhar...
No primeiro instante, quando abro os olhos, fico espantada com a imagem de uma aeronave monomotor bem na minha frente, igualzinha às miniaturas que vi em seu quarto, só que em tamanho real. Fico sem palavras, apesar de achar linda, é impossível não me intimidar, afinal se trata do meu maior temor.
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