O jantar estava delicioso. Victor me olhava malicioso e quase não comeu.
Norma e Amélia serviam a mesa e percebiam nossos olhares cúmplices. Zilma chegou desconfiada. Com certeza, queria descobrir o que as outras não conseguiam.
Victor parava e tocava os meus lábios suavemente e sorria. Inclinava a cabeça para falar ao meu ouvido.
— Você é muito maluquinha, parece muito menina! Não tem juízo algum!
— E você tem?— eu brinquei.
Ele se aproximou e deu uma leve mordida nos meus lábios.
Eu respirei ofegante, aquilo era tentador.
— Quero você todinha hoje!— ele disse com voz rouca.
Eu olhei para trás, pensando nas criadas que vinham a todo momento da cozinha. Elas pareciam curiosas.
— Está deixando as criadas intrigadas!— eu disse sem jeito.
— Você é minha mulher, não é? Faz tudo o que eu quiser, não faz?
Eu já estava tonta com tanta tentação. Empurrei o meu prato e fiz menção para me levantar.
— Calma!— Victor disse me impedindo.