Catriel desceu e me pegou pela cintura, retirando-me da cela. Depois montou e me olhou, com um meio sorriso sarcástico:
— Gosto de mulheres e o fato de eu não ter dado em cima de Vossa Alteza não significa que eu seja gay.
— Mas... Não é por isso.
— Por que então?
Como dizer que eu era uma idiota e falava demais? E que talvez tivesse tirado conclusões precipitadas? Ou não?!
Começou a trotar com o cavalo, me deixando no meio do caminho.
— Ei... Onde você vai? — perguntei.
— Procurar meu príncipe encantado, Alteza!
Dizendo isso ele saiu a galope, me deixando ali, completamente sozinha. Sentei-me no banco que havia próximo e olhei para o mar. Por que aquele homem me deixava sempre sem palavras? Nunca fazia o que se esperava dele. Não gostava de mim e eu sequer sabia o motivo.
Catriel me maltratava, esta era a verdade. E por que eu ainda tentava mudar aquilo e provar-lhe que eu poderia ser uma boa pessoa ou mesmo estar à altura dele?
Fiquei ali uns dez minutos, tentando pensar em qualquer