Violeta
"Quanto de você está disposto a perder por amor a outra pessoa?"
Era essa a pergunta que me fazia todos os dias. As semanas se transformaram em meses, e logo chegaria o dia do casamento de Italo. Ele continuava vindo ver Pietro, às vezes até nos finais de semana. Almoçávamos juntos, como se fôssemos uma família. Eu me perguntava quanto disso estava confundindo Pietro. Perguntava-me se Italo sentiria vergonha dele, se o levaria a jantares oficiais da família como seu filho legítimo, primogênito.
A verdade sobre o papel de Pietro na máfia era muito mais do que ser filho do Dom. Ele era o primogênito, e mesmo que a sua legitimidade fosse questionável por não sermos casados, ele tinha o direito de sentar na cadeira.
Eu desejava estar longe disso tudo, porque a cada dia que passava, ficava claro que Italo não queria nada comigo, embora tentasse me encurralar em algumas horas, confiante de que tínhamos algum envolvimento, era evidente que era apenas de cunho sexual. Ne