Mundo de ficçãoIniciar sessãoAnnelisse Frampton
Ele me chamou de puta barata.
Essas palavras ainda ecoam na minha cabeça como uma sentença. Fria, precisa e mortal.
Quando ele disse aquilo, algo dentro de mim se partiu e não foi o orgulho. Foi pior, foi o amor. Ou o que restava dele.
Eu fiquei ali, parada, tentando manter o sorriso, fingindo que não doía, que não me destruía por dentro ouvir o homem por quem eu teria queimado o mundo me reduzir a nada.
Mas por dentro… por dentro eu sangrava.
O coração latejava de raiva, vergonha e desejo, tudo misturado. Porque, Deus me perdoe, até humilhada, eu ainda o queria.







