Mundo de ficçãoIniciar sessãoGiovanna Ferraro
Eu estava no meu quarto, em frente ao espelho, com três vestidos espalhados sobre a cama e a nítida sensação de que nada do que eu vestisse hoje teria importância perto do que eu precisava admitir para mim mesma. Puxei o zíper do primeiro, um verde esmeralda que minha mãe adorava e deixei que deslizasse pelos quadris. Ficou perfeito, claro, quase tudo cai bem quando se sabe sustentar um salto e prender o cabelo com firmeza. Ainda assim, respirei fundo, tirei o vestido e voltei ao cabide.
Queria algo leve. Queria parecer… disponível ao acaso. Porque o acaso, às vezes, é só o nome elegante que a gente dá para o destino trabalhando por baixo dos panos.
Peguei o segundo vestido, um floral discreto, e sorri sozinha.







