A madrugada já avançava quando os faróis do carro cortaram a escuridão da entrada da mansão Ferraro. O motor foi desligado de forma brusca, e logo em seguida a porta bateu, ecoando no silêncio pesado da noite. Lucca atravessou o jardim cambaleando, com os passos pesados, e o corpo sustentado mais pelo hábito do que pela força. O álcool pulsava em suas veias, e cada respiração vinha arrastada, como se estivesse em guerra consigo mesmo.
Dentro da casa, o som da porta sendo aberta e fechada ecoou pelo vasto salão. Em seguida, o contraste do silêncio foi quebrado pelo barulho do som das chaves que acabaram caindo sobre a mesa de mármore. O corpo alto de Lucca vacilou e quase tombou sobre o sofá, apoiando-se no encosto antes de seguir, cambaleante, até o centro da