“ Se for preciso sangrar para te ver sorrir, eu sangro.”
Clara Vasconcelos
— Clara? — A entonação já denunciava a impaciência. — Por que está ligando? Sabe que não deve me telefonar, é perigoso.
Abri a boca, mas não consegui falar. O silêncio do outro lado durou poucos segundos, até que finalmente desabei:
— Mãe… — minha voz saiu trêmula, cortada pelo soluço. — Eu… eu não vou conseguir… — Apertei os olhos com força, tentando conter o choro, mas falhei. — Eu não vou suportar isso, mãe… Eu não posso… não consigo… eu não sou a Isadora.