EROS
Bato meu braço em um aparador no corredor e quase derrubo um vaso que pertenceu à minha mãe. Por sorte, consigo segurá-lo antes que caia, mas o atrito dele no móvel faz barulho, e meu pai aparece no corredor.
— Olha só o que eu estava dizendo. Os poros do seu irmão exalam álcool — ele comenta, puxando minha camisa para cheirá-la. — Pelo visto, é você que não conhece o seu irmão, Atlas — conclui, antes de se afastar.
Atlas e eu escutamos quando ele bate a porta do seu quarto com força.
— Você também não facilita, caralho! — Atlas fala, com um olhar de reprovação.
— Eu saí furioso do avião ontem à noite, fui para o bar do Achilles. Eu só queria encher a cara — falo passando pela porta do quarto dele e me sentando na poltrona. — Chiara sabe que eu estava lá, nós trocamos algumas mensagens. Eu dormi em um quartinho do bar do Achilles, estava muito bêbado para conseguir voltar para casa, foi só isso.
— Você não acha que deveria mostrar para ele que mudou? Precisa começar pelas noita