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Capítulo 3 – O Jogo Começa

A noite caiu sobre Chicago como um véu de veludo escuro salpicado de luzes. O reflexo da cidade brilhava nas janelas de vidro espelhado da Torre Moretti, onde o último andar ainda estava aceso, como um farol solitário em meio à vastidão da cidade. Era tarde, e a maioria dos funcionários já havia deixado o prédio. Menos ela. Menos ele.

Isabella estava sentada à sua mesa, os olhos fixos no monitor, mas sua mente vagava por caminhos perigosos — caminhos que levavam diretamente ao escritório do CEO. Desde a reunião da tarde, o nome de Dominic Moretti havia tomado conta de seus pensamentos. A tensão entre eles fora palpável. Seus olhos escuros, a voz grave e baixa, o modo como ele a provocara com uma simples aproximação… Isabella nunca imaginou que sua estreia no mundo corporativo fosse tão incendiária.

Ela respirou fundo, tentando se concentrar. Seu prazo para entregar o relatório financeiro do projeto Milennium estava apertado, e ela precisava terminá-lo naquela noite. Mas o som de passos firmes e o eco de sapatos de couro no corredor roubaram sua atenção. Ela olhou por cima do monitor — e seu coração disparou.

Dominic Moretti.

Ele surgiu silencioso como uma sombra, vestindo um terno cinza-escuro impecável, gravata afrouxada, a postura relaxada, mas seu olhar… aquele olhar cravado nela, como se soubesse exatamente o que se passava em sua mente.

— Ainda aqui, senhorita Hart? — A voz dele soou como veludo quente deslizando pela pele. — Eu admiro sua dedicação. Mas também acredito que produtividade não nasce do cansaço.

Ela tentou manter a compostura, apesar do calor que subia por sua nuca.

— Só estou finalizando o relatório Milennium. Achei melhor adiantar enquanto ainda está fresco na mente.

Dominic caminhou lentamente até a mesa dela. Parou a poucos passos, cruzando os braços. Isabella notou o quanto ele era alto, imponente. Seu perfume — amadeirado, marcante — envolveu o ar entre eles.

— Sua mente parece funcionar melhor à noite… — Ele sorriu de canto, como se dissesse mais do que as palavras revelavam.

Ela mordeu o lábio involuntariamente. Droga. Por que seu corpo reagia daquele jeito?

— Eu tento manter o foco — respondeu, num tom firme. — Mesmo com distrações.

— Eu sou uma distração, senhorita Hart?

Ela o encarou, desafiadora.

— O senhor sabe exatamente o que é.

Dominic riu, um som baixo e rouco que pareceu vibrar no ambiente. Ele então caminhou até a sala ao lado — seu próprio escritório — e deixou a porta entreaberta. Isabella ficou ali, dividida entre voltar ao relatório ou… segui-lo. A tensão entre eles era como uma corda esticada, prestes a se romper.

Curiosa — e atraída de forma quase magnética — ela se levantou e caminhou até a porta. Bateu suavemente.

— Senhor Moretti?

— Entre, Isabella.

Ela estremeceu ao ouvir seu nome em sua voz. Entrou. A sala era ampla, sofisticada, paredes revestidas de madeira escura, uma prateleira com livros de design e arquitetura, e uma mesa de vidro larga com um notebook fechado. Atrás dela, uma enorme parede de vidro revelava a cidade iluminada.

Dominic estava perto da janela, com as mãos nos bolsos da calça, observando o horizonte.

— Chicago é linda à noite — ele disse, sem se virar. — Mas perigosa. Assim como certas pessoas.

— Está dizendo que sou perigosa?

— Estou dizendo que você me intriga, Isabella. E isso é raro.

Ela cruzou os braços, tentando manter a distância segura. Mas a tensão era insuportável.

— Talvez o senhor esteja acostumado a controlar tudo… e não lide bem com o inesperado.

Ele finalmente se virou. Seus olhos pareciam brilhar na penumbra.

— Eu gosto de desafios. E você é um deles.

Silêncio.

O ar parecia eletrificado. Isabella sentia cada centímetro de seu corpo aceso. Dominic se aproximou. Parou tão perto que ela podia sentir o calor de seu corpo.

— Diga-me para parar — ele sussurrou, a voz rouca, grave, tão perto de sua boca que era quase um beijo.

Ela deveria. Sabia que deveria.

Mas não disse nada.

Dominic passou os dedos pelo rosto dela, contornando sua mandíbula, e então puxou-a pela nuca, colando seus lábios nos dela com uma intensidade arrebatadora. Isabella gemeu baixo contra sua boca, e as mãos dela agarraram os ombros dele, como se o corpo finalmente fizesse o que a mente temia.

O beijo foi urgente. Selvagem. Sua língua dominava a dela com fome, e ela se entregava como se estivesse esperando por aquele momento desde o primeiro dia que entrou naquele prédio.

Dominic a empurrou contra a parede, seus corpos colados, sua ereção dura pressionando o ventre dela. Isabella agarrou sua camisa, rasgando os botões, e ele deslizou as mãos pelas curvas dela com posse.

— Você é tão deliciosa quanto imaginei — ele murmurou contra seu pescoço, mordiscando sua pele.

Ela arfou, sentindo os joelhos fraquejarem.

— Então me prove.

Ele a virou e a inclinou sobre sua própria mesa. A mão dele subiu por baixo da saia dela, deslizando por sua coxa até encontrar a calcinha — que ele puxou com um único gesto brusco.

— Isso é loucura… — ela murmurou, arquejando.

— Então me odeie depois.

Ele a penetrou com força, e Isabella soltou um gemido alto, agarrando as bordas da mesa. Cada estocada era firme, profunda, como se Dominic quisesse deixar sua marca dentro dela. Seus dedos cravaram na cintura dela, guiando seus movimentos, enquanto sua boca sussurrava palavras sujas e promessas perigosas.

Isabella não sabia mais onde terminava e onde ele começava.

Seu corpo era fogo, desejo, perdição.

E naquele momento, no coração da Torre Moretti, Isabella Hart se perdeu em Dominic Moretti — e soube que não havia mais volta.

Depois, o silêncio.

Dominic se afastou lentamente, ainda sem dizer uma palavra. Ela se vestiu em silêncio, arrumando a saia, respirando fundo para recuperar a razão.

Ele então caminhou até ela, tocando seu queixo com delicadeza.

— Isso não muda nada entre nós… — ele começou.

— Eu sei. Somos adultos — ela respondeu com firmeza.

Mas por dentro, o coração dela dizia o contrário.

E o dele… talvez também dissesse.

Naquela noite, enquanto Isabella pegava um táxi para casa e Dominic encarava a cidade de sua janela, ambos sabiam que aquele encontro era só o começo.

O jogo havia começado.

E nenhum dos dois estava disposto a perder.

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