Após o café da manhã, Nicole e Vinícius acompanharam Davi até a porta. — Não se esforce demais no trabalho, descanse bastante, e ah, pense em nós também. — Nicole, segurando Vinícius, acenava para ele na porta. Vinícius também acenava. A cena parecia muito com uma esposa e um filho se despedindo do marido ao sair para trabalhar. "Pensar neles... Essa mulher sabe mesmo o que está dizendo!" O olhar de Davi caiu sobre os dois, a pequena e a grande figura, observando o rosto da mulher, que estava cheio de um sorriso carinhoso. Ele estreitou os olhos, as palavras que chegaram à sua boca foram engolidas de volta, e no final, ele não disse nada, apenas entrou no carro. — Volte logo, estamos esperando por você. — Nicole disse com um sorriso. Davi parou por um momento ao fechar a porta do carro, levantando os olhos para dar a ela um breve olhar. O sorriso de Nicole era doce. A porta do carro se fechou com um "bang". O carro de luxo partiu da porta, se afastando cada vez mais
Nicole preparava sanduíches com Vinícius e, ao perceber que já estava quase na hora, colocou eles em uma lancheira. Com uma mão segurando a sacola de lanche e a outra segurando a mão de Vinícius, Nicole caminhava em direção à saída. Na entrada de Quinta do Lago Azul, um segurança os interceptou: — Srta. Nicole, para onde você está levando o Vinícius? Nicole respondeu: — Vamos entregar um lanche para o Sr. Davi. Os seguranças se entreolharam, surpresos, e um deles disse: — Srta. Nicole, você não pode levar o Vinícius para fora. — Davi está tentando me manter sob vigilância? — Não é isso, é por segurança do Vinícius. Ninguém pode levá-lo para fora sem permissão, por favor, entenda. — Mas eu estou levando ele para ver o Davi, isso também não é permitido? — Só se o Sr. Davi permitir. Enquanto a tensão aumentava, o mordomo se aproximou: — Srta. Nicole, há algum problema? — Mordomo, que bom que você chegou, a Srta. Nicole queria levar o Vinícius para fora. — Disse
Vinícius acenou, olhando para ela com grande curiosidade. — Você quer saber como ele desmaiou? — Nicole sorriu, apontando para um pequeno inseto com antenas que tremulavam na nuca do motorista, e disse. — Foi ele que fez isso, na próxima vez eu te ensino. Agora, quero levar você a um lugar, pode confiar em mim, não vou te machucar. Vem comigo, tá bom? Vinícius desviou o olhar curioso do inseto e olhou para Nicole. Nicole estava um pouco nervosa. Vinícius gostava dela, mas não sabia sua verdadeira identidade. Ele não podia falar, mas entendia tudo, sem saber se confiaria nela incondicionalmente. Nesse momento, Vinícius abriu os braços. Ele queria abraçá-la! Assim como na primeira vez que se encontraram. O coração de Nicole bateu forte, e ela beijou a testa de Vinícius impulsivamente: — Vinícius, eu te amo tanto! Vinícius arregalou os olhos, surpreso, o rostinho corado, ele apertou os lábios com timidez e apontou para o guarda-costas desmaiado. Ele estava lembrando el
Fábio havia organizado dois tipos de exames para Vinícius: um teste de funções físicas e outro de quociente intelectual. Fábio era responsável pelo exame de habilidades físicas, cujos resultados indicaram que a resistência de Vinícius era um pouco fraca, mas os outros indicadores estavam normais. Após a conclusão dos exames, os dois médicos procederam com os testes em Vinícius. Sentados frente a frente à mesa, Fábio e Nicole conversavam. Fábio relatava os recentes acontecimentos no laboratório. Enquanto servia água para Nicole, Fábio comentou: — Este menino sempre foi frágil, mas você não precisa se preocupar demais, basta cuidar dele com atenção que não haverá grandes problemas. Nicole respondeu: — Prescreva alguns medicamentos para ele, para ajustar sua saúde. Fábio a observou e perguntou: — Você não contou ao Vinícius que você é a mãe dele? — Nicole balançou a cabeça. — Por que não contar? — Minha relação com Davi não é algo que se possa explicar em poucas palavr
No quarto, Nicole parou e franziu a testa: — O que está acontecendo? A situação do Vinícius é grave? Ela pensou que, se não fosse grave, não a teriam chamado para conversar em particular. Enquanto caminhava até lá, Nicole já havia decidido que, não importava qual fosse a condição de Vinícius, ela nunca desistiria dele, mesmo que isso significasse cuidar dele pelo resto da vida. Os dois médicos se olharam, e um deles disse: — Srta. Nicole, não sabemos se devemos dizer que a condição do Vinícius é grave ou não. Nicole, confusa, perguntou: — O que você quer dizer? — Fizemos testes com o Vinícius e descobrimos que ele tem um QI muito alto. Nicole ficou surpresa: — Isso não é bom? Mas as expressões dos dois não mostravam felicidade, pelo contrário, pareciam estar diante de uma grande ameaça. — O QI do Vinícius é extremamente alto, mas ele quase não tem percepção emocional nos testes de empatia, o que significa que ele é muito indiferente nas relações humanas. Se tivé
— O que aconteceu? — Nicole andou rapidamente até lá. Fábio, com uma expressão perdida, disse: — Eu preparei um presente de boas-vindas para ele, não sei por que, mas ele de repente começou a jogar coisas... Quando Vinícius viu Nicole, sua raiva pareceu dissipar um pouco, seus olhos escuros fixos nela. Nicole se agachou e gentilmente tocou a cabeça de Vinícius: — Vinícius, o que aconteceu? Por que você está jogando coisas? Vinícius olhou para ela, com os lábios apertados. — O que aconteceu? — Nicole perguntou, ansiosa. Os olhos de Vinícius brilharam, ele soltou os punhos cerrados e puxou a roupa dela. Nicole ficou surpresa: — Você quer que eu te leve embora? Vinícius confirmou. Nicole franziu a testa, não disse nada e simplesmente levantou Vinícius no colo, ele a abraçou firmemente pelo pescoço, como se estivesse com muito medo. Nicole disse: — Eu vou levá-lo para casa, qualquer coisa me liga. — Certo. — Fábio acenou com a cabeça. Sem mais palavras, Nico
— Bebe um pouco de água morna, pode te aquecer um pouco. Nicole estendeu o copo para ele. Davi olhou para ela com um olhar sereno, estendeu a mão para pegar o copo, e, inadvertidamente, seus dedos se tocaram. Os dedos de Davi estavam gelados, e o frio se transmitiu pelos dedos de Nicole. Davi tomou grandes goles de água, a água morna realmente ajudou a dissipar um pouco do frio em seu corpo. Nicole foi até um armário, pegou um kit de primeiros socorros e voltou para o lado de Davi. — O que você vai fazer? — Davi perguntou, fixando o olhar nela. Nicole colocou a caixa na mesa, abriu ela e começou a procurar por medicamentos para estancar o sangue e ataduras: — Seu ferimento é grave, você deveria ligar para o médico vir aqui, vou fazer um curativo para estancar o sangue enquanto ele não chega. Davi olhou para ela intensamente. Nicole encontrou o necessário para tratar o ferimento, se virou e viu que Davi não se movia, franzindo a testa: — Você ficou louco? Ligue logo,
Nicole disse: — Sua calça está toda molhada, não está com frio? Tire rápido que eu trouxe roupas secas para você. Ela tinha ido buscar um cobertor. Os olhos de Davi escureceram, e de repente sentiu vontade de provocá-la: — Não tenho forças, você me ajuda a tirar? Nicole olhou para ele calmamente, sem dizer muito, colocou o cobertor ao lado e se inclinou para desafivelar o cinto do homem. Um brilho sutil passou pelos olhos de Davi. Nicole tirou suas calças encharcadas e as colocou de lado. Em seguida, pegou o cobertor e o cobriu, olhando ansiosamente para a porta: — Por que o médico ainda não chegou? O cobertor quente afastou o frio do corpo. Davi olhou para ela brevemente. A dor da ferida era forte, e ele não tinha muita energia para falar. Franzindo a testa, fechou os olhos. — Davi! Davi! — Davi abriu os olhos, franzindo a testa ao ver a mulher ansiosa estendendo a mão para empurrá-lo. — Davi, aguente firme, o médico já vai chegar, você não pode dormir! O medo er