Camila cruzou os braços e ia retrucar quando Helena apareceu na porta. Ela parecia hesitante, segurando um livro contra o peito.
— Felipe, podemos conversar? A sós?
Camila arqueou uma sobrancelha, mas assentiu, saindo do escritório.
— Claro, Helena. Entre. O que aconteceu?
Ela entrou, fechou a porta e sentou-se na cadeira à frente da mesa de Felipe. Seus dedos tamborilavam nervosamente sobre o livro.
— Eu quero ir para a ilha.
Felipe franziu o cenho.
— Ilha? Está falando da propriedade isolada da família Vicenzo?
— Sim. É um lugar calmo, longe de tudo. Eu preciso… respirar. Preciso de paz. Lá, eu me sinto mais próxima dele.
Felipe não perguntou quem era "ele". Já sabia.
— Helena, eu entendo seu desejo de paz, mas estamos em um momento delicado. Você realmente quer ficar tão isolada?
— Sim, Felipe. É importante para mim.
Felipe inclinou-se para frente, olhando diretamente nos olhos dela.
— Antônio? Por quê? Ele é um dos homens mais leais de Dom Vicenzo, mas… por que especificamente ele