A casa estava mergulhada em um silêncio acolhedor, daqueles que só se encontram nos lares onde reina a paz. As luzes estavam suavemente acesas, o aroma de bolo de chocolate pairava no ar vindo da cozinha, e os quadros nas paredes pareciam sorrir emoldurando memórias recém-construídas.
Jacob e Luna entraram pela porta da frente com os sorrisos ainda grudados no rosto. Ela se apoiava levemente nele e ele parecia flutuar com cada passo, como se o mundo tivesse ganhado uma nova cor desde a descoberta do sexo do bebê.
— Eles devem estar lá em cima com sua mãe — disse Luna, tirando o casaco devagar. — Vamos contar de uma vez ou preparar alguma surpresa?
Jacob sorriu como quem acabara de ter uma ideia brilhante.
— Surpresa, claro. Eles merecem algo especial — respondeu ele, caminhando até o sofá e abrindo uma das gavetas. — Tenho certeza de que vi papel de presente aqui…
— Jacob, você não vai embrulhar a ultrassonografia, vai?
— Não, senhora Lancaster. Vou fazer melhor.
Dez minutos depois, o