O Arauto grotesco avançava com passos frios e impassíveis. A Garganta ecoava gritos distantes, os cristais refletiam tons sangrentos e o chão tremia sob a presença das criaturas.
Mas algo começou a despertar dentro dele. A mistura de fúria, culpa e amor pelos amigos acendeu uma chama em seu peito. O corpo estava em frangalhos, o coração despedaçado, a mente em caos. Um poder que nunca havia sentido antes.
Darius olhou para as sombras que cercavam suas companheiras. A voz saiu firme, carregada de raiva:
— Solte a minha amiga agora! Ou eu juro que vou te destruir e esmagar você!
As sombras estremeceram diante da presença dele e recuaram, soltando Nara, que desabou no chão. Ignes correu até a amiga, dividida entre socorrê-la e guardar forças para lutar ao lado de Darius.
A tensão era sufocante. Pela primeira vez, Darius não lutava apenas por vingança; lutava por aqueles que amava. O mundo ao redor parecia cinza e sufocante, mas, no meio da dor, uma faísca de raiva e determinação se incen