Cada ataque desmoronava diante da presença implacável do inimigo. Todo esforço parecia inútil, e o peso da impotência esmagava seus ossos.
Sem pensar, renunciou aos poderes. O instinto falou mais alto.
Avançou no punho puro, um grito rasgando sua garganta.
O primeiro soco encontrou apenas o vazio; o segundo roçou o ombro pegajoso do Arauto, que não recuou nem um passo.
A resposta veio rápida.
Um chute certeiro no abdômen o lançou contra as paredes de cristal. Darius caiu de joelhos, tossindo, o gosto metálico do sangue e da saliva preenchendo sua boca. Ainda assim, se ergueu.
Avançou de novo. Um soco. Depois outro. E mais outro. Mesmo sendo repelido, mesmo com os músculos gritando, o rosto ardendo e o corpo implorando por descanso, ele não parou.
O Arauto bloqueava e devolvia os golpes com precisão fria, sem pressa, como se fosse apenas um teste. Até que, em meio à troca de socos, sua voz ecoou como trovão:
— Mostre-me sua verdadeira natureza, Mestre.
Darius arfava, com sangue escorre