Darius a encostou contra a parede. O peito de Ignes subia e descia em respirações curtas e lentas; seu corpo ainda irradiava o calor das chamas que havia lançado para protegê-lo. Ele também sentia, em si, os efeitos da cura que recebeu dela. Trocaram um olhar rápido, uma confirmação silenciosa de que ela estava bem, antes que ele voltasse a se concentrar na Garganta em busca de qualquer sinal de saída, qualquer vestígio de ajuda. Enquanto avançava, sentia o corpo pesado, dolorido, os músculos trêmulos... tudo conspirava contra ele. Mas o medo de que o Arauto surgisse novamente o obrigava a seguir em frente.
Buscando o fluxo de Oryn ao redor, ele sentia a energia fria dos cristais, o calor residual da magia de Ignes, e um eco de vida, ténue, quase a apagar-se.
E então a viu: Nara. Caída, encolhida entre os cristais, quase sem forças, os olhos semicerrados, respirando com dificuldade. Darius se ajoelhou ao lado dela, sentindo o pulso fraco. Tocou-lhe o ombro com cuidado e murmurou:
— Ei