O peso das palavras de Damian ainda pairava no ar, como uma nuvem densa que se recusava a se dissipar. Eu, a chave. Eu, a responsável por manter os mundos separados ou permitir que as trevas se apoderassem de tudo. A responsabilidade era esmagadora, quase intransponível. Mas, ao mesmo tempo, havia uma chama dentro de mim, algo profundo e inquebrantável que se acendia a cada segundo que passava. Se eu fosse realmente a chave, então eu faria tudo o que fosse necessário para garantir que a escuridão não prevalecesse.
— Está pronta, Ângela? — Theo perguntou, sua voz suave, mas com um tom de preocupação que eu não podia ignorar. Ele estava sempre lá, sempre tão atento, tão constante. Seus olhos, de um verde profundo, estavam fixos em mim, como se tentassem ler cada pensamento que passava pela minha mente.Eu respirei fundo, tentando reunir coragem, tentando afastar o medo que se agarrava ao meu coração. A jornada à frente não seria fácil. Sabíamos que a profecia era cla