O ar dentro da Floresta de Veridana era denso e úmido, quase palpável. Cada passo que Angela dava parecia ecoar pela vastidão silenciosa da floresta, embora não houvesse ninguém por perto. A escuridão da noite estava se tornando mais opressiva à medida que avançavam. As árvores ao redor estavam tão altas que mal podiam ser vistas, suas copas formando um teto espesso que impedia qualquer luz da lua de penetrar. Era como se o próprio ambiente estivesse absorvendo toda a energia ao redor, criando uma sensação de desconexão com o mundo exterior.
Angela sentia que a floresta estava viva, uma presença imensa e constante ao redor deles. Ela conseguia perceber sutilmente, uma vibração no ar, como se as árvores, as raízes e até o solo sob seus pés estivessem observando, testando. Era um tipo de percepção que ela nunca tivera antes, e algo dentro de si, uma energia pulsante e desconcertante, parecia reagir a isso.
A magia da floresta. Ela sentia em seu corpo a forma como isso se intensificava.