A sala do Conselho havia sido restaurada para uma ocasião única. Séculos haviam se passado desde que os líderes de tantos clãs, tribos e reinos haviam se reunido sob o mesmo teto, e agora, com a ameaça crescente e a ascensão da magia de Ângela, o impossível se tornava necessário.
Tiras de tecido prateado cobriam as janelas, filtrando a luz do sol para que os presentes não fossem ofuscados, mas ainda pudessem ver os sinais das mudanças no céu — auroras diurnas, correntes de energia que dançavam como serpentes celestiais. Era o mundo avisando que o equilíbrio havia mudado.
No centro, a mesa de pedra negra, esculpida com runas dos tempos antigos, pulsava com uma energia sutil. Em torno dela, os assentos foram ocupados lentamente, cada um carregando o peso de sua linhagem:
— A Alfa Solara, do Clã do Norte Gélido, envolta em peles e com olhos dourados como o sol de inverno.
— O Mago Supremo Kaedric, dos Portadores da Chama do Sul, com suas vestes tingidas de vermelho e um cajado que flutua