Alex Leonel
— Alessandrinho! — Ouço uma voz irritante me chamar à distância. Novamente, a voz repete: — Alessandrinho, hora de acordar!
Vou acordando aos poucos, com a cabeça explodindo de dor. Sinto um cheiro e gosto metálico de sangue. Solto um gemido de dor e tento me mover, mas não consigo.
Onde estou? O que está acontecendo? Tudo está um pouco confuso.
— Olha aí nosso ator principal acordando. — O homem debocha.
Abro os olhos lentamente e me deparo com David Soyer agachado, me encarando com diversão. Meus olhos se erguem para um corpo pendurado à minha frente. Rapidamente, lembro o que aconteceu: eu e minha filha estávamos tendo um dia especial, e então fomos atacados.
Emma está completamente suspensa pelos pulsos com correntes, desacordada. Há um filete de sangue seco em sua testa e alguns arranhões pelo rosto.
Estou amarrado a uma cadeira e tento me soltar, mas é em vão. Dou uma breve olhada ao redor. Parece que estamos em um galpão, mas está com pouca iluminação, mas ao