Simone
— Não deu certo — digo me deixando cair no sofá da sala de visitas da Flávia. A mulher me olhou com olhos agigantados e de boca aberta.
— O lance da barata não deu certo? Alguma coisa você fez de errado, Simone, só pode! — Ela acusa me apontando seu maldito dedo.
— Eu não fiz nada de errado — rebato frustrada. — Fiz tudo exatamente como você me mandou. Fiquei completamente nua dentro daquele banheiro e encenei a minha melhor cena de desespero.
— E ele não te olhou? Ele é gay — acusa deliberadamente.
— Ele não é gay! — Rio do seu comentário descabido.
— Como você sabe? Um homão daqueles, sozinho em um apartamento com uma mulher linda, loira e trancado dentro de um minúsculo banheiro com ela, completamente nua e o cara não fez nada? Não tirou nenhuma lasquinha se quer? Só pode ser gay. — Volta a acusar. Meu sorriso se amplia.
— Petrus não é gay, Flávia. Eu sei porque pude sentir a sua dureza contra o meu corpo quando o abracei. — Solto de uma vez. Acredita que os olhos da mulhe