A Alice estava aterrorizada.
Estava sozinha em casa, com um homem desconhecido, muito maior do que ela e que claramente não tinha boas intenções... e esta cena pareceu-lhe tão familiar que a levou de volta ao tempo em que vivia com a mãe.
Ainda se lembrava da forma como o padrasto a tinha olhado naquela noite, a tinha desprezado e a tinha feito sentir-se uma mulher sem valor.
-Tens de ser forte, viver no passado só te trará frustração e dor. Luta contra isso, mesmo que o medo te invada- recorda as palavras de Juliana, e dessa vez lembra-se que lhe pareceu que as dizia mais para si própria do que para o seu paciente.
-Ali, já não estás sozinha- são agora as palavras de Vincet.
E era verdade, já não estava sozinha, não podia comportar-se sempre como a donzela em perigo, e tinha estado a trabalhar em si própria. Se ela se tinha metido neste sarilho, tinha de encontrar uma saída.
Mas não foi assim tão fácil, especialmente quando o homem se lançou sobre ela, mas ela não deixou que o medo a