Capítulo 9 – Monstros de Sangue e Pele
O corredor estava silencioso — mas não de um silêncio pacífico. Era um silêncio denso, quase sufocante. O chão de pedra ainda exibia manchas de sangue fresco, que escorriam dos corpos inertes, agora começando a esfriar. As portas da câmara estavam abertas, revelando um interior tingido de vermelho. Nenhum servo ousava entrar. Os guardas murmuravam entre si, imóveis, aguardando um sinal do próprio Duque.
Rudbeckia se aproximou devagar, atraída pela comoção. Ao ver a concentração de soldados em frente a um dos quartos, hesitou. Aquilo só podia ser o quarto dele.
Mas por que ninguém entrava?
Seguiu até lá com passos lentos, cautelosos. Quando a viram se aproximar, os guardas se afastaram como se o próprio demônio estivesse entre eles. Ela não se importou. Estava acostumada a esse tipo de recepção. Parou diante da porta, entreaberta, e empurrou-a lentamente.
O quarto era grande, sombrio e agora banhado em sangue.
Diversos corpos espalhados pelo chão.