Capítulo 37— Debaixo das Garras da Morte
O frio da neve queimava as pernas de Rudbeckia, mas ela já não conseguia sentir nada além do peso nos braços. O pequeno corpo do filhote tremia contra o peito dela, arfando, cada respiração um esforço doloroso.Os homens avançavam devagar, formando um arco que fechava qualquer fuga. Os passos deles afundavam na neve com estalos surdos. A luz cinzenta do céu refletia nas lâminas nuas.Rudbeckia ergueu o rosto. Seus olhos se moveram de um inimigo ao outro, buscando qualquer sinal de hesitação — algo que pudesse usar. Mas tudo que encontrou foram expressões carregadas de repulsa. Para eles, ela e a criança não eram pessoas. Eram aberrações que precisavam ser eliminadas.O peito dela subia e descia num ritmo desigual. Cada inspiração rasgava a garganta. Cada batida do coração parecia mais fraca que a anterior. A exaustão já não era só um incômodo: era uma presença esmagadora, um lembrete constante de que seu co