Ela deslizou os dedos até o rosto dele, tocando-o como quem memoriza cada traço.
— Felipe... — sussurrou, a voz embargada. — Eu nunca conheci ninguém capaz de me amar desse jeito. Às vezes acho que não mereço.
Ele segurou a mão dela contra o próprio rosto, fechando os olhos por um instante, como se absorvesse aquela entrega.
— Você merece muito mais, Isa. E se depender de mim, nunca mais vai duvidar disso.
O silêncio que seguiu foi pesado, mas não vazio. Era como se o mundo tivesse parado, deixando apenas os dois ali.
Isabela ainda sentia o peito tremer, as lembranças a sufocando, mas a força da presença de Felipe a mantinha de pé. Ele era sua âncora no meio da tempestade.
Felipe inclinou-se mais perto, o olhar cravado no dela, firme e vulnerável ao mesmo tempo. Sua respiração estava pesada, o coração acelerado, mas havia uma ternura profunda nos gestos. Com uma das mãos, ele afastou uma mecha do cabelo dela que teimava em cair sobre o rosto.
— Eu te amo, Isa... — disse baixo, quase n