O silêncio caiu entre as duas. Um silêncio denso, cheio de sentimentos que não cabiam em palavras. Celina levou a mão ao rosto, limpando uma lágrima solitária, sentindo o coração doer com a intensidade de tudo que estava ouvindo. E, ainda assim, admirava profundamente a força da mulher sentada à sua frente. Emma não era apenas sua mãe. Era uma guerreira. E agora, mais do que nunca, uma heroína em sua história.
Emma então baixou o olhar, e lágrimas rolaram por seu rosto cansado, mas forte.
— Como disse, seu pai tinha três empregos. Era do exército e trabalhava em mais dois lugares. — sua voz saiu entrecortada por emoção. — Quando eu estava com cinco meses, ele foi numa missão... e voltou morto.
A dor em sua voz perfurou o peito de Celina. Ela não dizia nada, mas seus olhos, cheios de lágrimas, diziam tudo.
— Meu mundo desabou. — Emma continuou, engolindo em seco. — Fiquei sem chão, depressiva... e com uma filha pra criar sozinha. Meu pai me odiava por ter saído de casa, por ter estraga