O disparo rasgou o silêncio da noite como um trovão vindo do inferno.
Arthur gelou no volante. O coração quase parou.
— Merda... THOR! — gritou ele, destravando a porta com brutalidade e correndo em direção à mansão, sem olhar pra trás.
Celina arregalou os olhos no banco de trás, os lábios entreabertos. A alma dela saiu do corpo.
— NÃO... NÃO! — gritou, abrindo a porta com as mãos trêmulas. Ela saiu mal conseguindo ficar em pé, como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Os olhos fixos na entrada da mansão. — Ele morreu... ele morreu... o que eu vou fazer, Zoe?! O QUE EU VOU FAZER SEM O AMOR DA MINHA VIDA?! VOU FICAR SEM FAMÍLIA MAIS UMA VEZ... POR QUE DEUS? PORQUE ESTÁ SENDO TÃO RUIM PRA MIM? POR QUE ESTÁ ME CASTIGANDO?
Ela andava vacilante, como se estivesse bêbada de dor, os joelhos falhando, o coração gritando mais alto que a própria voz.
— AMIGA, NÃO É ELE! NÃO FOI O THOR! NÃO PODE SER ELE! Pensa nos bebês, por favor! Fica calma! — Zoe a segurava pelos ombros, desesperada,