Erik interveio, irritado com o tom do híbrido:
-Senta aí, Gabriel. Precisamos de falar.
A tensão entre os dois licantropos de sangue alfa era palpável.
Mas a curiosidade e o desejo de saber o que se estava a passar era muito maior, por isso o mais novo obedeceu, cerrando os dentes e à beira de rosnar.
No meio da intensa luta de auras, Selena esfregava as mãos com impaciência.
Todo o seu futuro dependia de uma conversa que ela não queria ter e de uma decisão que não iria tomar.
Sentiu-se nauseada com a ideia, mas pousou uma mão na barriga e conteve-se.
Olhou para o licantropo de cabelos brancos, que estava sereno e de braços cruzados, e depois para Gabriel, que se sentava com lenta parcimónia.
Um silêncio envolveu-os enquanto cada um organizava os seus pensamentos.
Por fim, foi Selena quem começou a falar, numa voz pouco mais alta do que um sussurro:
-Em resposta à tua pergunta, mantenho o que te disse há pouco: não sei quem é o pai do meu filhote. Pelo que sei, pode ser teu ou do Erik