Dois meses se passaram desde que Lua deixou a Belle Femme, e Rodrigo parecia ter se tornado ainda mais frio e distante. Para os outros, ele era o mesmo homem arrogante e controlador, sempre imerso no trabalho e pouco disposto a conversas superficiais.
Mas, no fundo, ele carregava uma dor que não conseguia ignorar. Lua havia se tornado uma presença constante em seus pensamentos, mesmo quando ele tentava convencer a si mesmo de que ela não passava de uma traidora. As memórias dela o assombravam: o sorriso tímido, a maneira como ela olhava para ele quando pensava que ele não estava vendo, e aquele maldito dia em que ele quase confessou seus sentimentos. Agora, tudo o que restava era um vazio que nem o trabalho nem o uísque conseguiam preencher.
Rodrigo não era homem de se abrir facilmente, mas havia uma pessoa com quem ele, vez ou outra, deixava escapar um pouco de sua vulnerabilidade: Sabrina, a irmã de Júlio. Diferente do irmão, Sabrina sempre foi mais ponderada e menos impulsiva. El