O olhar de Júlio era sério, carregado de preocupação, mas Lua, forçando um sorriso, tentou amenizar a situação e perguntou de forma que parecia displicente, enquanto reorganizava os papéis sobre a mesa de Rodrigo.
— Por que tanta preocupação comigo, meu amigo? Foi só uma manhã que perdi no trabalho, nada demais.
Júlio respirou fundo, seus olhos brilhando com uma inquietação que Lua não compreendia completamente.
— Eu sei, Lua, mas fiquei preocupado quando você não apareceu nem atendeu minhas ligações. Procurei você no seu apartamento, e sua vizinha disse que estava em Santa Marta. Fui até lá também. Desculpa, Lua... acho que deixei sua tia preocupada.
Ela arregalou os olhos ao se lembrar da tia.
— Nossa! Preciso ligar para ela agora e avisar que estou bem! — disse, já pegando o celular. — Eu só estava na casa de um amigo e acabei perdendo a hora. Foi só isso.
Mas, antes que pudesse desbloquear o aparelho, Lua sentiu a mão quente e firme de Júlio segurar o seu pulso.
— Calma, Lua. Ante