Nos dirigimos à cozinha, onde Vitor já tinha preparado — talvez pedido — um café da manhã digno de hotel cinco estrelas. Havia pães frescos, croissants, frutas variadas e uma bandeja de queijos e frios. Ele puxou uma cadeira para mim, com um sorriso terno no rosto.
— Sente-se, senhora Oeri — disse ele, num tom brincalhão, fazendo-me corar um pouco.
— Ah, muito obrigada, senhor Oeri — respondi, entrando na brincadeira e me sentando.
— A proposito... Você pretende mudar seu nome? É estranho quando as pessoas te chamam de senhora Castilho.
— Eu... Eu não pensei sobre isso, na verdade. Mas... acho que gosto de como “senhora Oeri” soa.
— Então faremos isso... — ele sorri, feliz pela minha resposta.
Vitor sentou-se ao meu lado, sua perna roçando a minha de leve, provocando uma corrente elétrica