Deitada na cama, sentia uma mistura de tédio e inquietação. O repouso forçado parecia uma sentença de prisão, e cada minuto se arrastava interminavelmente. Eu sabia que era necessário, mas isso não tornava a situação menos frustrante. Olhei para o teto, tentando encontrar algum alívio nos desenhos das sombras, mas minha mente voltava sempre ao mesmo ponto: a ansiedade pela saúde do bebê e pela minha própria. Sentia falta de estar ativa, de poder cuidar de Clara e ajudar Vitor nas pequenas coisas do dia a dia. Agora, tudo o que podia fazer era esperar e torcer para que tudo ficasse bem.
Nas semanas que se seguiram, Vitor provou ser um apoio inestimável. Não que ele já não fosse antes, é claro. Mas ele estava tão dedicado! Cada dia, ele trazia uma pequena surpresa para mim, seja um buquê de flores frescas ou uma caixa de chocolates fin