Capítulo 57. Fragmentos de Nós Dois
O silêncio que se seguiu à nossa discussão parecia um abismo. Eu estava exausta, física e emocionalmente. Alexander estava do outro lado da sala, a cabeça inclinada, os ombros tensos. Nós dois estávamos devastados.
Depois de muito tempo, finalmente quebrei o silêncio:
— Eu não culpo ninguém pela morte do meu pai. — Minha voz era fria, mas firme. — Depois da sua explicação, ficou claro que foi um acidente. Vocês não precisavam esconder isso de mim.
Levantei-me, ajustei meu casaco e olhei diretamente para ele, meu olhar gelado.
— Estou indo embora.
A cadeira de Alexander rangeu enquanto ele se levantava de repente. Sua voz ecoou pelo escritório como um trovão:
— Eu juro que, se você sair agora, não vai me encontrar de novo, mesmo que tente!
As palavras atingiram nós dois como um soco. A lembrança veio como uma onda. Era exatamente o que eu havia dito para ele antes do acidente.
Eu me lembrei da minha voz, cheia de raiva e desespero, implorando para que ele ficasse. E me