137. Fofocas, Sorrisos Falsos e a Mãe do Ano
Na verdade, minha cabeça estava tão cheia de pensamentos sobre o assunto que fiquei estranhamente calada no carro durante o trajeto até a fazenda. Alexander, sentado ao meu lado, revisava documentos no laptop, mas mesmo assim não deixou de notar o fenômeno raro de eu não estar falando.
— Charlotte? — Ele chamou meu nome sem nem desviar os olhos da tela.
Virei-me para encará-lo, esperando que ele fizesse o mesmo, mas nada.
— Charlotte! — Ele repetiu, o olhar ainda preso no maldito laptop.
Revirei os olhos, exasperada.
— Se você vai me chamar, pelo menos olhe para mim! Qual é o sentido de incomodar alguém se você nem se dá ao trabalho de prestar atenção?
Alexander finalmente fechou o laptop devagar, como se estivesse lidando com uma criança teimosa.
— Você está brava comigo? — A pergunta veio acompanhada de um olhar cauteloso, o que só piorou meu humor.
Cruzei os braços, fingindo indiferença.
— Ah, você fez alguma coisa para me deixar brava? — perguntei, arqueando uma