Sr. Carter Narrando
O carro mal parou e eu já tava com a mão na porta, saindo. Anthony vinha logo atrás, o maxilar travado, os olhos queimando de raiva. Pablo se aproximou com o olhar atento, e os homens dele estavam posicionados como eu tinha mandado: sem alarde, mas prontos pra agir.
— O local é esse — Pablo disse, apontando pra construção baixa, com janelas fechadas e um portão nos fundos. — A movimentação parou há uns vinte minutos. Ainda não temos confirmação de quem tá lá dentro.
— Mas eu tenho — falei, firme. — A desgraçada da Mariana tá aí. E se minha neta também estiver…
Eu respirei fundo. Não podia perder o controle.
— Ninguém entra — virei pra tropa e pros policiais. — Nem um passo sem minha ordem. Se ela tiver com minha neta, a gente vai fazer isso do jeito certo. Eu mesmo vou negociar.
— O senhor tem certeza? — Pablo perguntou.
— Mais do que nunca — respondi, já andando em direção ao portão dos fundos. — Alguém mexeu com o que eu mais amo. Não existe margem pra erro.
Com