Anthony narrando
O tempo parecia não passar. Cada minuto sem notícia da Antonela era um soco no meu estômago. A única coisa que me mantinha de pé era a necessidade de agir. De correr atrás. De não parar.
Estávamos sentados na sala do escritório do meu pai, eu, Marcelo e Estevão. As luzes estavam baixas, mas o ambiente fervia de tensão. A mesa de vidro já tava coberta de papéis, mapas e anotações rabiscadas com pressa. Cada detalhe da vida da Bárbara tava ali: voos, contatos, acessos bancários, registros de entrada e saída no hospital. Tudo.
— A última movimentação que ela fez foi de um número internacional. Ligação curta — disse Marcelo, com o olhar preso no notebook. — Roteou por um servidor falso, mas conseguimos rastrear o IP. Nova York.
— Meu pai já tá com os homens dele lá — falei, os olhos fixos no mapa. — Eles chegaram ontem à noite. Estão fazendo varredura nos hotéis e nos pontos de entrada. Se ela pisar fora de algum esconderijo, vão pegar.
— E se já estiver escondida com out