Luísa narrando
Um mês. Já fazia um mês desde que meu filho voltou pra casa com os olhos mais vivos e o coração mais em paz. E tudo isso tinha nome: Ana Kelly.
Eu sempre gostei dela. Desde o primeiro dia em que vi aquele jeitinho forte, mas doce. Aquela forma de olhar pro Anthony como se ele fosse mais do que um homem de negócios, como se ele fosse humano, real… passível de erros, mas digno de amor. E ela amava. Dava pra ver de longe.
Estacionei o carro na frente da casa deles, ajeitei a bolsa no ombro e peguei a sacola com os presentinhos que eu tinha trazido pra Antonela. Nada demais, só umas roupinhas novas e um brinquedo educativo que vi na vitrine e achei a cara dela. Vó é assim, né? Basta olhar pra se apaixonar.
Toquei a campainha e logo ouvi os passinhos apressados atrás da porta. Era Ana.
— Oi, Luísa! — ela abriu com um sorriso largo no rosto e o olhar feliz de quem estava vivendo dias tranquilos. — Que bom que você veio!
— Prometi que viria, né? E vó que promete, cumpre. Cadê