Mabel apenas balançou a cabeça e brincou com Binho através da grade, tirando e botando o dedo, enquanto Binho se esforça para agarrar o dedo dela.
— Marian Carvalho! — A enfermeira chamou meu nome.
Levantei o mais rápido que pude e segui a enfermeira para sala, Mabel que é supostamente minha acompanhante, ficou para trás por conta de Binho que não pode entrar no consultório.
A enfermeira me guiou até a sala e abriu a porta para eu entrar. O consultório é uma sala de tamanho médio, ela tem uma maca, um armário e uma mesa com duas cadeiras de frente para a da doutora Pâmela do outro lado da mesa.
A doutora Pâmela é uma mulher de cinquenta e seis anos, seu cabelo é pintado de vermelho escuro e ela usa óculos de grau com estampa de oncinha. Em um primeiro olhar, ela não se parece nada com Mabel, mas as semelhanças de seus traços faciais podem ser notados mais tarde com o convívio.
— Tia Pâmela... — choramiguei no momento que ficamos sozinhas.
— O que houve? — ela perguntou e apontou a ma