Capítulo 5
Durante a semana seguinte, meu celular foi inundado por notificações.

As redes sociais de Seraphina estavam em chamas.

Uma foto dela deitada em uma cama de um resort de luxo nas Montanhas Rochosas, com Damien sentado ao lado, descascando uma maçã.

Ela em uma fonte termal, com Damien à beira, segurando uma toalha para ela.

Ela em um exame pré-natal, Damien segurando firme a sua mão.

Todas as fotos vinham com a mesma legenda: “Obrigada, Damien, por cuidar tão bem de mim. Nunca me senti tão segura.”

Eu não precisei ler os comentários.

— O Alfa é tão bom com ela.

— Isso sim é amor de verdade.

— E a Luna Isla? Nunca a vemos.

— Ouvi dizer que ela está ocupada com a carreira.

Desliguei o celular e voltei a fazer as malas.

No terceiro dia, dirigi até a casa dos meus pais.

— Isla? — Minha mãe abriu a porta, surpresa. — O que você está fazendo aqui?

— Preciso conversar com vocês dois.

Na sala, meu pai abaixou o jornal e me olhou.

— O que houve?

— Eu vou para a Europa.

— De férias?

— A trabalho. A Guilda de Curandeiros de Laurel me convidou para participar de um projeto de pesquisa. — Respirei fundo. — Posso ficar fora por um bom tempo.

O rosto da minha mãe se entristeceu.

— E a sua cerimônia?

— Foi adiada.

— Adiada? — Meu pai franziu a testa. — Por quê?

— Damien tem algumas coisas para resolver. — Falei, tentando soar calma. — Achamos melhor deixar para depois.

Meus pais trocaram um olhar.

— Isla, não minta pra gente. — Disse minha mãe, com a voz suave, mas firme, segurando minha mão. — Somos seus pais. Podemos ver a dor nos seus olhos. Conta pra gente o que ele fez.

Fechei os olhos.

— Não é nada, mãe. Só quero aprender mais enquanto ainda sou jovem.

— Damien concorda com isso?

— Ele apoia muito minha carreira.

Mais uma mentira.

Meu pai ficou em silêncio por um longo tempo antes de finalmente assentir.

— Se for pela sua carreira, apoiamos você.

— Mas você precisa manter contato. — Disse minha mãe, os olhos marejados. — E cuidar de si mesma.

Depois que saí da casa dos meus pais, mandei uma mensagem para Chloe:

“Pode vir me ajudar a fazer as malas?”

Uma hora depois, Chloe estava na porta do meu apartamento.

— Meu Deus, o que aconteceu aqui? — Perguntou, olhando para a sala vazia.

— Estou de mudança.

— Mudança para onde?

— Suíça.

Chloe se sentou no sofá e estudou meu rosto.

— Ok. Agora me conta a verdade. Que diabos aconteceu?

Contei tudo a ela.

Desde Damien exigindo marcar Seraphina, até o relatório da gravidez e o cancelamento do Rito da Fonte da Lua.

Quando terminei, a sala estava mergulhada em um silêncio mortal.

O rosto de Chloe ficou cada vez mais sombrio.

— Aquele desgraçado! — Ela explodiu de repente. — Como ele pôde fazer isso com você?

— Ele teve os motivos dele.

— Que motivos? Dívida de vida? — Chloe se levantou e começou a andar de um lado para o outro. — Mesmo que devesse a vida a ela, isso não dá o direito de pisar em você desse jeito!

— Chloe—

— Não, eu não aceito isso! — Ela se virou para mim, os olhos em chamas. — Cinco anos atrás, na Lua de Sangue, você quase rasgou sua alma ao meio para salvá-lo de um ataque de rogues! E agora ele tem a audácia de lembrar só da tal 'bondade' dela?

Virei o rosto, sem dizer nada.
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